Essas imagens suscitam outra enxurada, de perguntas dessa vez, e a primeira, talvez, seja: se a situação tomou essa proporção na Urca, como deve estar a maioria dos outros bairros da cidade, muito menos equipados? No nosso caso, onde está a falha?
De quem é a culpa?
Da COMLURB, que, por não varrer suficientemente a rua, deixou os bueiros entupirem? Da CEDAE, que descuidou dos esgotos, deixando os entupimentos atingirem proporções tais que a obriguem a jogá-los diretamente no mar, às duas da tarde, em dia de praia, como consequência provável de não ter dado à manilha de esgoto da Urca, que data de 1932, a devida manutenção ou renovação? Ou, então, culpa de uma fatia conformada da população carioca, que não reage com a tenacidade e o vigor necessários ao descaso de serviços deficientes, confortando os responsáveis em seu desprezo por um uso correto do nosso dinheiro, e por nós, que somos seus clientes?
Agradecemos as fotos da esquina Ramon Franco com Urbano Santos, alagada em proporções preocupantes, tiradas por Nicolas Bourlon*, morador da Urca, que, por sorte, é campeão de canoagem, podendo facilmente naquele dia voltar em casa, a remo!
*Nicolas Bourlon é engenheiro ecólogo e diretor do clube de canoagem Rio Va´a Clube (www.riovaa.com)
